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 ARTE,  CIÊNCIA  ,TECNOLOGIA   E  INOVAÇÃO AFRICANA  E  AFRODESCENDENTE 

O que é?

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Afrofuturismo no WOW (Festival Mulheres do Mundo), é uma divulgação científica publicizada através de um site com conteúdos em vídeo, podcast e fotografia, foi idealizada e realizada por mim (Zaika dos Santos) Multi-artista, cientista e pesquisadora Afrofuturista.

 

 

A proposta consiste em contextualizar o conceito e a forma do Afrofuturismo como prática de veracidade, na desconstrução da ficcionalidade do conceito e no fortalecimento da conexão com a decolonialidade. Passado, presente e futuro conectados através da arte, ciência, tecnologia e inovação africana e afrodescendente pela perspectiva de mulheres negras.

 

Por que foi realizada?

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A iniciativa foi realizada através do projeto Women in Science (Mulheres na Ciência- 2018) realizado pela British Council, Museu do Amanhã, Museu de Arte do Rio e Festival WOW. Foram selecionadas 20 mulheres cientistas/divulgadoras científicas (onde fui selecionada como divulgadora científica da área de Arte e Tecnologia) de diversos estados do Brasil para uma capacitação em divulgação científica que teria como resultado o registro do primeiro Festival WOW- Mulheres do Mundo, realizado no Brasil.

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Sobre as investigações científicas:

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Partiu de perguntas e investigações sobre as inquietações históricas apagadas e silenciadas pelo pelo período escravocrata e a colonização. Numa perspectiva de utilização do ciberespaço como plataforma de disseminação de conteúdo, a proposta sintetiza as inquietações e dualidades do Afrofuturismo como prática de verdade e conceito. E puxa o diálogo com a perspectiva Africana e Afrodescendente.

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Com a visibilidade do conteúdo a partir do Blockbuster “Pantera Negra” as dúvidas sobre a ficcionalidade e a realidade de Wakanda emergem. Será que Wakanda existe?

 

Para responder esta pergunta trago a reflexão contida em minha pesquisa acadêmica:

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 Através da sua pesquisa acadêmica que permeia acervos como o do Museu Afrobrasil (SP), Museu Artes e Ofícios (MG), Museu das Minas e do Metal (MG) e de cientistas e pesquisadores negros dentre eles Carlos Machado, autor do livro A História da Ciência, Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente, ela tem como tema da sua pesquisa o Afrofuturismo: Arte, Ciência, Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente, onde evidencia a potencialidade do conceito sobre a historicidade negra no âmbito prático e real, que foi invisibilizada pelo período escravocrata/colonial e ressalta o conceito em diversas áreas do conhecimento.

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“Dialogando diretamente com historiadores e curadores africanos descobri que Wakanda é um termo que existe na língua Kikongo. O Kikongo é uma língua falada fluentemente na África Central e Sul. Sobretudo em alguns países da região dos grandes lagos. Ela pertence ao grupo etnolinguístico Kôngo e consequentemente da família linguística Bantu nascida nos moldes da árvore linguística Níger-Congo. Wakanda na língua Kikongo significa : O que é nosso por direito”.

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Ou seja, a ficcionalização da realidade aconteceu e pensando nessa perspectiva precisamos des-ficcionalizar o silenciamento histórico.

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As perspectivas são amplas e as inquietações são intensas, mas no meu caso sintetizei a pergunta através de um recorte que muito me interessa:

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O que eu não sei sobre Afrofuturismo - Arte, Tecnologia, Ciência e Inovação Africana e Afro Diaspórica?

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E desde então sigo redescobrindo a veracidade histórica dos negros no mundo e me dedicando fortemente a esta pesquisa.

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Sobre o processo:

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​A pesquisa tem recorte racial por falar de conteúdos especificamente

​afro centrista. Durante o festival registrei e conversei com vinte mulheres negras e um homem negro (pesquisadoras(or), cientistas, artistas, produtoras e lideranças de organizações) que estavam trabalhando em diversas áreas do mesmo.

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Para o registro fotográfico e audiovisual criei esculturas e um conceito estético com relações imagéticas e contemporâneas ao tema e propondo a utilização das mesmas para as participantes do projeto. As conversas e imagens partiram das seguintes perguntas ativadoras:

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*O que sabemos sobre Arte, Ciência, Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente?

 

*O que é Afrofuturismo para você?

 

​Sobre o site:

 

Na proposta de estimular a utilização do ciberespaço para a produção de conteúdos educacionais e de divulgação científica o site condensa essas praticas a apropriação de canais que prestam serviços de hospedagem e domínio em carácter de acessos gratuitos. De forma a estimular outros pesquisadores a utilizarem a Word Wide Web de várias maneiras.

 

Sobre o conteúdo do site:

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Idealizei, organizei e construí todo o conteúdo a partir da minha pesquisa científica sobre Afrofuturismo – Arte, Ciência e Tecnologia, onde desenvolvo um projeto nomeado de Nôk é Nagô e pesquiso as ramificações do Afrofuturismo para além da sua idealização com a literatura e o cinema. O site Afrofuturismo no WOW têm meus canais de contato e produção de conteúdos (Instagram, Facebook, Twitter e Medium).

 

Texto - Foi escrito por mim no decorrer da construção do site e condensa uma escrita formal, jornalista, informal, acadêmica, como carácter investigativo, processual e autoexplicativa.

 

Fotos – Construí um breve roteiro de abordagem para as fotografias, também produzi esculturas usando materiais que estimulassem novas perspectivas imagéticas na produção de sentido com a fotografia e que tivessem uma relação direta com a edição e modulação das imagens que fiz de forma a convergir com VR (Realidade Virtual) e fotomontagem. Todas as mulheres negras fotografadas foram registradas no Museu do Amanhã e no MAR (Museu de Arte do Rio) em um misto visual que dialoga com a arquitetura dos dois Museus.

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Podcast – Surgiram em conversas espontâneas de forma a caracterizar o podcast como um formato livre de captação de áudio. Não construí um roteiro muito delimitado, apenas trabalhei a escuta pela perspectiva investigativa de assuntos importantes de serem ditos sobre o Afrofuturismo - Arte, Ciência e Tecnologia.

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Vídeo – Filmei exatamente 10 horas de diálogos com mulheres negras de forma a investigar suas opiniões, conceitos, subjetividades e entendimentos sobre o Afrofuturismo - Arte, Ciência e Tecnologia e fiz uma curadoria de todos os vídeos através da edição para construir uma narrativa documental para evidenciar, ao mesmo tempo, a diversidade e convergência dos pontos de vista.

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Então decolonize e aproveite o conteúdo.

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Texto de apresentação, site, vídeo, fotografias e podcast por Zaika dos Santos

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